Os homenageados da FEB

No bairro Jardim Vilas Boas, região que está entre Vila Clara e Americanópolis, abriga diversas ruas com nomes em homenagem aos Brasileiros que foram para a 2ª guerra mundial em apoio aos Aliados.

Segue um breve resumo do que foi a FEB:
Força Expedicionária Brasileira (conhecida também pela sigla FEB), foi uma força militar aeroterrestre constituída na sua totalidade por 25.834 homens e mulheres, que durante a Segunda Guerra Mundial foi responsável pela participação do Brasil ao lado os Aliados na Campanha da Itália, em suas duas últimas fases — o rompimento da Linha Gótica e a Ofensiva Aliada final naquela frente. Tal força (incluídos todos rodízios e substituições) era formada por uma divisão de infantaria completa (também batizada como 1ª DIE, 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária), uma esquadrilha de reconhecimento, e um esquadrão de caças. Seu lema de campanha “A cobra está fumando”, era uma alusão irônica ao que se afirmava à época de sua formação, que seria “Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa”.

Na foto: Francisco de Paula

Com esta introdução, segue as informações pesquisadas sobre quem foi alguns soldados homenageados com nomes das ruas da nossa região, encontramos informações completas apenas de Manoel Lino Paiva, e o único que não achamos nenhum tipo de informação foi Luis Stolb:

Soldado Manoel Lino Paiva

Soldado Manoel Lino de Paiva

Soldado Manoel Lino Paiva, natural de Martins – RN, 1G 222.034, do 1º RI,
falecido em 14/04/45 em Montese.

MANOEL LINO DE PAIVA nasceu no dia 20 de março de 1921, no sítio Serra Nova, município de Martins, estado do Rio Grande do Norte. Era filho de Pedro Augusto de Paiva e Francisca Elisa da Conceição.Chamado para servir ao Exército Nacional, Manoel Lino de Paiva viajou para Natal onde no dia 1o de julho de 1943 foi incorporado a 11a Companhia do Regimento de Infantaria.
O Brasil decidira-se por apoiar as nações aliadas na luta contra o nazi-fascismo. Assim, a FEB – Força Expedicionária Brasileira foi enviada ao Teatro de Operações Europeu.

Convocado para participar da guerra, o filho de Martins não se intimidou diante da heróica missão:“Querido papai, lembre-se que seu filho é (um) soldado e é obrigado a cumprir esta sina” e como que antevendo o sacrifício da própria vida completou: “Me entrego a Deus!” (em carta dirigida ao seu Pai).Assim, no dia 23 de dezembro de 1944, Manoel Lino de Paiva viajou para Recife. No dia 25, a bordo do paquete D. Pedro II seguiu para o Rio de Janeiro aonde desembarcou no Armazém 13 em 4 de janeiro de 1945 seguindo de trem elétrico para a Vila Militar. O embarque para a Itália ocorreu no dia 8 de fevereiro, num navio de transportes americano.

Sede do Memorial Manoel Lino de Paiva, antiga casa do soldado antes do embarque para a guerra

Manoel Lino de Paiva chegou a Nápoles, na Itália, no dia 23 de fevereiro de 1945. Após uma passagem pela cidade de Bagnolli foi para o norte da Itália, chegando à cidade de Livorno no dia 3 de março. Dirigiu-se então para Spezzia, que fica entre a tradicional cidade de Piza e Florença.

No dia 8 de abril de 1945, Manoel Lino de Paiva chegou a Montese, onde a FEB participaria de umas das mais renhidas batalhas durante a sua ação na 2ª guerra mundial.

O herói destemido de Martins encontrou a glória no dia 14 de abril de 1945, na batalha de Montese, quando foi mortalmente atingido pela artilharia inimiga, falecendo no campo de batalha.

Foi sepultado no cemitério militar brasileiro em Pistóia, na quadra B, fileira 12, sepultura 140, lenho provisório.

Cozinha – Localizada no Memorial Manoel Lino de Paiva, Sítio Serra Nova – Martins/RN.

O herói norte-rio-grandense que combateu o nazismo foi reconhecido pela Pátria e condecorado com a medalha de Campanha e de Cruz de Combate. No Decreto Lei no 6.795, de 17 de agosto de 1944 (regulamentado pelo Decreto no 16.821, de 13 de outubro de 1944), que lhe concedeu essa última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na Campanha da Itália”.Os restos mortais do martinense Manoel Lino de Paiva permaneceram na Itália até 1960, quando o Presidente da República, Juscelino Kubitschek, resolveu transportá-los do cemitério de Pistóia para o monumento da Força Expedicionária Brasileira (FEB), no Rio de Janeiro.

Soldado João Maria Silveira Marques

Soldado João Maria Silveira Marques, natural de Caiuás – MT, 1G ( não
consta), do 6º RI, falecido aos 26/11/44 em Porreta Terme.

Além de ter seu nome homenageado em uma rua na nossa região, tem outra rua com o mesmo nome na Vila Galvão em Guarulhos.

Soldado Oswaldo Pereira

Soldado Oswaldo Pereira, natural do Rio de Janeiro – RJ, 1G 271.474, do
1º RI, falecido aos 29/11/44 /45 em Bombiana.

Além de ter seu nome homenageado em uma rua na nossa região, tem outra rua com o mesmo nome no Rio de Janeiro.

Soldado Sebastião Vanna

Soldado Sebastião Vanna, natural de Niterói – RJ, 1G 143.474, do II/
1ºROAuR, falecido aos 18/08/44 – Morto em Acidente de jipe.

Tem uma travessa com seu nome no Rio de Janeiro.

Soldado Rodrigo Leme da Silva

Soldado Rodrigo Leme da Silva, natural de Bauru – SP , 2G 116.310, do 1º
RI, falecido aos 24/11/44 em Palazzo.

Soldado Olimpio José Borges

Soldado Olimpio José Borges, natural de Itajaí – SC, 2G 126.335, do 11º
RI, falecido aos 12/12/44 Em Monte Castelo.

Soldado Francisco Alves de Azevedo

Soldado Francisco Alves de Azevedo, natural d Rio de Janeiro – RJ,
1G 157.972, do QG/1ª DIE, falecido aos 28/05/45 em Alessandria – Foi
assassinado em um café durante conflito entre militares.

Soldado Walter Pereira de Souza

Soldado Walter Pereira de Souza, natural de Mirai -MG, 1G 240.975, do
QG/Gen Falc, falecido aos 13/02/45 em Pistóia

Soldado José Fernandes

Soldado José Fernandes, natural de Pindamonhagaba – SP, 1G 124.941,
do 11º RI, falecido aos 29/03/45 em Iola

Também tem uma rua com seu nome no Jardim Japão.